segunda-feira, 25 de março de 2013

ALGUNS PÁSSAROS SILVESTRES

Deixo aqui algumas fotos de aves silvestres brasileiras espero que apreciem.

Casal de joão de barro ((Furnarius rufus)


pássaro bico de pimenta (Saltatricula atricollis)


 Bico de lacre especie invasora (Estrilda astrild)


Cambacica (Coereba flaveola)


Pomba asa branca com filhote
 (Patagioenas picazuro, ou Columba picazuro)


Periquito de asa amarela (Brotogeris versicolorus chiriri)


Casal de Rolinha (Columbina talpacoti)

quarta-feira, 20 de março de 2013

Criações Janeiro 2013


Bengalin (Primeira espreitada fora do ninho)



Bengalins


Mais dois bengalins


Sparrows laranja reprodutores 


Cria de sparrow filho do casal acima


Cria de sparrow com o pai adotivo


Ovos de mandarin exposição 


Cria de bengalin comendo erva nativa


Casal de bengalins exposição (manon gigante)


Crias de java (calafate)


+ Crias de java (calafate)


Voadeira com os filhotes após a muda



O ano de 2012 foi um muito produtivo com crias de várias aves como sparrow mutação laranja, bavete, mascarado, starfinch, javas (calafates) e sem contar nos muitos filhotes de bengalins (manon) e mandarins.
Para este ano o desafio são os bicolores que agora já somam três casais, aumentei também o plantel de bavetes (três casais), e os degolados (dois casais) troquei alguns casais de javas e estou padronizando minhas gaiolas. Logo teremos fotos de criações de fevereiro e março, aguardem!
Obrigado pela visita, deixe seu comentário para que possamos estar sempre a melhorar.

sábado, 2 de março de 2013

Doenças Hepáticas nas Aves de Gaiola



Doenças Hepáticas nas Aves de Gaiola
Dr. Henrique Moreno Ortega
Veterinário Especialista em Aves
Revista Pássaros nro 30

Arquivo editado em 01 dezembro 2002

O fígado é um órgão para a manutenção da saúde das aves. São várias
as suas funções, entre elas intervir na digestão, ajuda na eliminação de toxinas e participa no metabolismo
das proteínas, gorduras e hidratos de carbono. Existem doenças que afetam especificamente o fígado, e há outras que começam em outro lugar do organismo, mas terminam produzindo alterações hepáticas. As aves com problemas neste órgão podem mostrar sintomas imprecisos e gerais, que não nos fazem pensar que o fígado está doente.

Existem sintomas são: perda de apetite, apatia, diminuição do peso, debilidade, diarréia, plumagem em mau estado, aumento de sede, aumento de produção de urina, etc. Quando o dano hepático está mais avançado aparece uma sintomatologia especifica que mostra com clareza que este órgão
está lesionado: uratos (porção branca das fezes) tingidos de verde ou amarelo, inflamação abdominal, acúmulo 
de líquido no abdômen (ascites), alteração na coagulação do sangue, hemorragias intestinais, amolecimento
e crescimento excessivo do bico e das unhas, etc.

Os sintomas podem passar despercebido até que a doença esteja muito avançada, e é
preciso que 80% do fígado esteja afetado para que comecemos a notar.

Isto faz com que seja difícil o diagnóstico nas primeiras fases, momento em que será mais
fácil o seu tratamento.As doenças que afetam o fígado podemos classificá-las em infecciosas e não infecciosas:

A) CAUSAS INFECCIOSAS


1)
Hepatites bacterianas, São muitas as bactérias que podem produzir um dano hepático, mas fundamentalmente são
as bactérias intestinais (enterobacterias) as mais freqüentes:E, coli, Salmonela, Pasteurela, Pseudomonas, etc. Estes germens atuam por si só ou bem agravar uma doença já existente (em associação com uma baixa nas defesas e uma alteração na flora digestiva).

2) Clamidiasis(Psitacosis ou Ornitosis)

A psitacosis, produzida por um microrganismo Chlamydia psittaci, é responsável pela maioria das hepatites
bacterianas que se dão em Psitacídeos. Outras espécies também muito afetadas são os passeriformes.

3) Infecções Viricas

Existem vírus que podem atacar o fígado exclusivamente ou também a outros órgãos.

Entre eles temos: poliomavírus, adenovírus, coronavírus, reovírus, serositis virica
aviar, herpesvírus, etc. Dentro destas últimas estão os responsáveis da doença de Pacheco (afeta exclusivamente
psitacídeos): de evolução fulminante e contagio rápido, produz uma grande mortandade de células hepáticas.

O diagnóstico de uma infecção virica pode resultar bastante difícil, sobretudo tendo em conta
que pode complicar-se com outras doenças que disfarçam o problema principal.

4) Protozoos

Embora os protozoos possam viver no aparelho digestivo podem passar num momento determinado a outros órgãos,
entre eles o fígado.
As Trichomonas são freqüentes em passeriformes, columbiformes e aves rapaces; os Atoxoplasmas em 
canários; os Histomonas em pavões; os Toxoplasmas em mainatas, tentilhões e torus; os Sarcocistis em psitacídeos, etc.

Atoxoplasmosis

Doença causada por um parasita chamado Isospora serini. Trata-se de um coccidio com uma história
confusa: num princípio pensou-se que os pardais podiam transmitir esta doença aos canários através da picada de ácaros
que eram portadores os primeiros mais tarde demonstraram que o contágio
é só via oral e que os atoxoplasmas dos pardais não afectam os canários.
Afecta principalmente jovens com a idade entre 2 a 9 meses. Os sintomas são: eriçamento das penas,
debilidade, diarréia, dificuldade respiratória, problemas nervosos (em dois de cada 10 pássaros doentes) e morte. A mortalidade pode alcançar até 80% dos pássaros afetados.
Os passeriformes adultos são geralmente portadores assintomáticos que podem eliminar os parasitas nas fezes
durante uma larga temporada e contagiar assim os jovens razão pelo que não se aconselha misturar aves adultas com jovens na mesma gaiola.

Num estudo realizado em finais de oitenta em Inglaterra apontava-se à possibilidade de que tenham sido os
atoxoplasmas os responsáveis da maior parte dos casos de verdelhões (Carduelis chloris) afetados com 

Lesões características são um aumento no tamanho do fígado (facilmente visível como
uma mancha escura que se manifesta abaixo do esterno, na lateral direita do canário) e uns intestinos inflamados.
Os atoxoplas mas são muito resistentes às condições ambientais e não são destruídos
pela maioria dos desinfetantes.

A atoxoplasmosis é uma doença difícil de tratar, requerendo uma terapia prolongada. Este problema
também se observou em outros passeriformes como Pintassilgos, DomFafes  Melheiras, Mainatas, etc.

As aves afetadas com hemacromatoses apresentam uns sintomas típicos: debilidade, dificuldade respiratória,
acúmulo de líquido no abdômen e aumento do tamanho do fígado.

B) CAUSAS NÃO INFECCIOSAS

1)
 Hermocromatosis Em algumas espécies como tucanos,mainatas, aves do paraíso, touracos, estorninhos, etc. A alimentação excessivamente rica em ferro pode provocar uma alteração do seu metabolismo e acumulo exagerado deste mineral nas células hepáticas, provocando lesões irreparáveis das mesmas.
Na realidade não se conhece a causa exata desta doença, possivelmente são vários os fatores
que predispõe o seu aparecimento. Assim temos que em Minas Rothschild haja um incremento de casos ao aumentar a idade; em outras espécies de mainatas suspeita-se de uma doença vírica ou anormalidade metabólica.
Em tucanos pode existir uma predisposição genética, podendo morrer após 24 horas de ter começado a demonstrar
os primeiros sintomas.
As aves afetadas com hemacromatoses apresentam uns sintomas típicos: debilidade, dificuldade respiratória,
acúmulo de líquido no abdômen e aumento do tamanho do fígado.

2) Lipidoses Hepática

Também conhecida como Fígado Gordo é freqüente em algumas espécies
de aves. Em psitacídeos as aves mais propensas são os Periquitos, Agapornis, Caturras, caturras de Peito Cinzento, e Papagaios amazonas. Ocasionalmente vista em Diamante Mandarins, Diamante Papagaio e Diamante Cauda Vermelha.

Trata-se de uma acumulação excessiva de gordura no fígado, transformando-se este em amarelo.
O começo pode ser agudo, morrendo a ave sem chegar a perder peso.
As causas são várias:

- Dietas muito energéticas, geralmente em forma de carboidratos.
- Falta de exercício.
- Temperatura ambiente elevada.
- Dieta pobre em certas vitaminas (biotina, colina) e aminoácidos (metionina).
- Alteração no funcionamento da glândula tireóide.
- Administração de hormonas.
- Presença de micotoxinas na dieta.

Para o seu tratamento aconselha-se o uso de dietas pouco energéticas suplementadas com vitaminas (colina,
ácido folio, Vit. E e Vit B12) e aminoácidos (metionina).

A alimentação rica em ferro é uma das causas que favorece o aparecimento da hemocromatoses em mainatas.

3) Toxinas

Existem substâncias que podem produzir lesões hepáticas: metais pesados (chumbo, cobre); medicamentos
(dimetridazol); inseticidas, etc.

Também existem plantes que são nocivas ao fígado: adelfa, cicuta, sementes de algodão; toxinas
de certas algas verdes-azuladas, etc.
O excesso de vitaminas (hipervitaminose)pode interferir com o normal funcionamento deste órgão.

O grau de intoxicação vem determinado
pela quantidade de toxina ingerida, o estado nutricional da ave, doenças concomitantes, etc.

4) Aflotoxicoses

Trata-se de uma doença produzida por uma substância tóxica chamada aflotoxima (produzida por
certas espécies de fungos que podem crescer sobre os alimentos).

As aflotoxinas podem produzir-se em condições de calor, obscuridade, e umidade, pelo que a refrigeração
das sementes pode prevenir o aparecimento destas substâncias.

Além de ser nocivo ao fígado pode produzir cancro, resultando portanto no máximo interesse a sua detecção na comida.

O diagnóstico desta doença pode resultar difícil dada a grande quantidade de sintomas que podem
aparecer e a complicação por infecções secundárias que escondem o problema principal. Por isso recomendo sempre que quando um avicultor comece a notar problemas com as suas aves após a administração
de um novo lote de comida o retire de imediato e o substitua por alimentos de origem diferente.

PROTETORES HEPÁTICOS
O fígado é um órgão bastante delicado, existindo por desgraça poucos medicamentos para
favorecer a sua recuperação. Os protetores hepáticos devem estar compostos por substâncias tais como colina, biotina,
vitamina B12, sorbitol, metionina, etc. Não obstante novos produtos se estejam ensaiando nas aves para comprovar a sua utilidade no tratamento de doenças hepáticas.

O excesso de vitaminas (hipervitaminoses) pode interferir com o normal funcionamento deste órgão.

O grau de intoxicação vem determinado pela quantidade de toxina ingerida, o estado nutricional da ave, doenças concomitantes, etc.

Revista Pássaros-Portugal.


Fonte:internet:http://canarilpedroneto.webnode.com.pt/doen%C3%A7as%20hepaticas%20nas%20aves%20de%20gaiola/